A Polícia Federal já cumpriu seis, dos oito mandados de prisão temporária, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre os presos está José Edimar de Brito Miranda Júnior, irmão do governador que foi preso em Goiânia. Ele está sendo transferido para Palmas e será encaminhado à Casa de Prisão Provisória da Capital. Além dele o secretário de infraestrutura Sérgio Leão, o contador Alaor Junqueira e Alex Peixoto, apontado como laranja do esquema, também foram presos. 

O pai de Marcelo Miranda, Brito Miranda, o ex-governador Siqueira Campos, a irmã de Marcelo, Maria da Glória e o esposo que ainda não teve o nome divulgado, Luciano Carvalho que é primo do governador, Luiz Rocha que é tio do governador, e os empresários Luiz Pirez e Rossine foram levados coercitivamente à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento sobre a Operação Reis do Gado.

A operação foi deflagrada a partir de ordens expedidas pelo STJ. Segundo a PF, estão mobilizados 280 policiais para cumprir oito mandados de prisão temporária, 108 mandados de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína (TO), Goiânia (GO), Brasília e cidades do interior do Pará e de São Paulo.

A investigação apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro com "transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais", segundo a PF.

Em nota, a PF informou que a investigação apontou um suposto esquema de fraudes "em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do chefe do executivo estadual, que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos".

O nome da operação é referência, de acordo com a PF, ao fato de os principais investigados "serem grandes pecuaristas no Pará e o gado era a destinação de grande parte do dinheiro desviado".

Atualizada às 14h46