Uma reforma administrativa pelo Palácio Araguaia vem sendo aguardada desde bem antes da Eleição Suplementar que elegeu Mauro Carlesse (PHS) para o mandato tampão de governador do Tocantins. Na época já se sabia que a Lei de responsabilidade Fiscal (LRF) vinha sendo descumprida pelo Executivo estadual chegando ao comprometimento de 55% do orçamento com pessoal, quando a legislação recomenda o limite prudencial em 46,55% da receita corrente líquida. Quando se atinge 44% de comprometimento já é considerado estado de alerta e 49% é o limite máximo tolerado. No entanto, no início do primeiro semestre deste ano, essas despesas chegaram a 55%.

Informações levantadas pelo Jornal do Tocantins dão conta de que mesmo sem que a reforma administrativa tenha sido oficialmente iniciada algumas medidas já estão sendo implementadas, mexendo com a rotina dos servidores. Segundo uma fonte que pediu não ser identificada, o governo determinou o recolhimento dos veículos, a racionalização de combustível. A determinação é para que os carros do Estado sejam usados em situações estritamente necessárias e quando possível compartilhadas. Segundo esta fonte, só esta medida já representaria uma redução de despesas entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões.

Outras despesas que estariam sendo racionadas são sobre a rotina nos órgãos estaduais, com maior controle no uso de equipamentos como máquinas de xerox, telefones fixos e celulares e ainda a autorização para viagens. A fonte palaciana explicou que só são emitidas passagens aéreas, diárias e viagens interestaduais ou para o exterior em caso de extrema urgência e de interesse da administração estadual.

Sobre a reforma oficial, a informação é de que o foco não será demissão, mas racionalização na prestação de serviços. O que o Estado pretende fazer valer é a equação entre qualidade do serviço prestado e valores pagos. Segundo a fonte, a palavra de ordem é racionalizar.

Sobre como será a cara do governo pós mandato tampão, que continua com Carlesse como chefe do Executivo, eleito em 7 de outubro, a informação é de que estão sendo realizados estudos sobre adequação da estrutura às condições do Estado, inclusive se serão criadas novas pastas, extintas, ou se haverá fusão na estrutura atual.

Reforma oficial não terá foco em demissões, mas vai priorizar qualidade de serviços e racionalização de custos