O ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB) respondeu, por e-mail, que recebeu a doação de R$ 150 mil para a sua campanha eleitoral em 2010, mas negou qualquer envolvimento em suposto esquema de corrupção da Transpetro (Petrobras Transporte SA) com empresas. “Como poderia eu imaginar, na ocasião, qual seria a origem do dinheiro? Poderia ser, inclusive, do fundo partidário. Só recentemente, depois da abertura do inquérito, tomei conhecimento de que o depósito na conta do Diretório do Tocantins teria sido feito por uma empresa do Rio de Janeiro”, relatou.

Quintanilha negou conhecer a empresa NM Serviços e seus titulares: Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo. Ele frisou que a doação foi aplicada corretamente nos gastos da campanha e a prestação de contas foi aprovada pela Justiça Eleitoral.

Sobre ele ter pedido recursos para o senador Renan Calheiros, Quintanilha disse que, em encontro com membros do Diretório Nacional do PMDB em 2010, contou sobre as dificuldades financeiras que enfrentava na campanha e solicitou auxílio. “Na ocasião, nenhum deles afirmou se dariam a contribuição ou não”, afirmou.

Quintanilha é citado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por ter recebido recursos oriundo de propina de empresas. Janot relata que o envolvimento do ex-senador tocantinense teria ocorrido em razão da sua proximidade com Calheiros, lembrando que ele arquivou uma denúncia contra o senador no Conselho de Ética no Senado, em 2007.