O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à Presidência da República em 2018, afirmou nesta quinta-feira (14) que tem a intenção de dar "carta branca" para policiais matarem em serviço. A declaração do parlamentar foi dada em Manaus, capital do Amazonas, onde ele receberá, à noite, homenagens de alunos de escolas públicas e será palestrante em um evento sobre a Amazônia.

"Nós vamos brigar pelo excludente de ilicitude (forma legal de se retirar de uma ação judicial o caráter criminoso da conduta). O policial militar em ação responde, mas não tem punição. Se alguém disser que quero dar carta branca para policial militar matar, eu respondo: quero sim. O policial que não atira em ninguém e atiram nele não é policial. Temos obrigação de dar retaguarda jurídica a esses bravos homens que defendem nossa vida e patrimônio em todo Brasil", disse Bolsonaro, não dando mais detalhes sobre como esta questão será encaminhada caso se torne presidente.

Recepcionado por cerca de três mil pessoas no aeroporto Eduardo Gomes, Bolsonaro subiu em um carro de som, discursou e pediu para que público aplaudisse os policiais amazonenses.

PT

Nas últimas três eleições presidenciais, o Partido dos Trabalhadores (PT), dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, obteve ampla vantagem nas urnas do Amazonas. Perguntado sobre os números obtidos pelo partido no Estado, Bolsonaro foi enfático: "O que eu queria vai acontecer. Ele (Lula) será julgado". Eleito presidente em 2002 e reeleito em 2006, Lula é o principal nome do PT para o pleito do ano que vem. Investigado na Operação Lava Jato, ele será julgado no final de janeiro de 2018.

Amazônia

Sobre o Amazônia, o parlamentar, em cima do carro de som, também opinou e afirmou que o solo da região possui potencial para colocar o Brasil "no topo da economia mundial". "Aqui está o futuro do Brasil", disse.

Israel

Ao final de seu discurso, o deputado federal mostrou uma bandeira de Israel e disse que, caso se torne presidente, buscará parcerias com o país. "Não vai ter parceria com a Venezuela não. Não vai ter dinheiro para Cuba não. Faremos parcerias com países democratas e com economia pujante", afirmou.