O PMDB vai buscar alianças com o PT em pelo menos oito Estados nas campanhas para governador do ano que vem. Os dois partidos eram aliados no governo Dilma Rousseff, mas tomaram caminhos opostos durante o impeachment da presidente cassada. A reaproximação faz parte da estratégia dos peemedebistas para tentar manter as maiores bancadas na Câmara e no Senado na próxima legislatura, que vai até 2022.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) disse que as alianças regionais poderão ser feitas com qualquer legenda. “Não há nenhum tipo de proibição”, afirmou. “Cada Estado tem uma realidade diferente”, frisou.

Presidente do Senado e tesoureiro da sigla, Eunício Oliveira (CE), é um dos que devem se aliar a uma chapa petista para tentar se reeleger. O peemedebista deve fechar aliança com o governador Camilo Santana (PT) no Ceará. “O PMDB é plural”, disse Eunício. Além do Ceará, há negociações entre PMDB e PT em Estados como Minas Gerais, Paraná, Alagoas, Piauí, Sergipe, Tocantins e Goiás.

Tocantins

O Jornal do Tocantins procurou os presidentes estaduais das duas siglas e a história é outra. O presidente estadual do PMDB, Derval de Paiva, afirmou não se sentir à vontade para comentar o assunto, pois o debate não está sendo feito por ele e que no Tocantins não estaria sendo feita nenhuma discussão sobre aliança entre o seu partido e o PT. “Quero ir a Brasília na próxima semana para debater o assunto com a cúpula nacional, vejo que é uma exploração de perspectivas para 2018”, disse.

Já o presidente do PT no Tocantins, o deputado estadual José Roberto, foi categórico: “não fazemos alianças com partidos que apoiaram o golpe contra a presidente Dilma no Congresso”. Ele ressaltou que os políticos que votaram em favor do golpe ou declararam apoio também estão riscados para 2018.