A Polícia Federal deixou por volta das 10h30 o gabinete do deputado federal Carlos Gaguim (Podemos), na Câmara dos Deputados, onde cumpriu mandado judicial de busca. Os agentes saíram carregando um malote de documentos do local. 

O gabinete da deputada Dulce Miranda (PMDB) também é alvo da 6ª fase da Operação Ápia, deflagrada nesta quarta-feira, 13, para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e oito de intimação contra investigados citados em acordo de colaboração premiada homologado no Supremo Tribunal Federal (STF).

O que dizem os parlamentares

Em nota, o deputado Carlos Gaguim afirmou que, durante seu mandato como governador (2009-2010), a empresa citada nas investigações não venceu nenhuma licitação e não firmou contratos com o governo do estado. As obras foram licitadas antes de seu mandato e estavam em andamento desde o governo anterior, diz a nota. 

O deputado alega que as doações feitas pela empresa nas eleições de 2010 foram direcionadas ao PMDB e que não tinha acesso às contas do partido. Gaguim refuta as acusações e nega ter recebido valores do delator por meio de assessores. O deputado destaca ainda que se dirigiu hoje de, manhã voluntariamente, à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Por meio de sua assessoria, a deputada Dulce Miranda informou que está colaborando com as investigações e ainda precisa se inteirar do processo para se manifestar.

Ápia

Nesta 6ª fase da operação, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins - CRT, de propriedade do delator Rossine Aires Guimarães, a integrantes do núcleo político investigado. Relembre as demais fases da operação.

*Atualização às 14h40