Vereadores, deputados estaduais e federais aguardam a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 113/2015, aprovada no ano passado, para migrarem de partido. Hoje, dos 35 partidos existentes, apenas os recém-criados Partido Novo (Novo), Rede Sustentabilidade (Rede) e o Partido da Mulher Brasileira (PMB) estão liberados para filiações, sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária. A expectativa é que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), promulgue a PEC nº 113 hoje. Até 2007, as mudanças de partidos eram livres, confira o histórico no quadro abaixo.

A abertura da janela deve gerar um grande dança das cadeiras no Legislativo. Mudanças motivadas pela eleição municipal, mas, também, em razão do cenário político em Brasília, que sofreu grandes mudanças no ano passado. Ontem aliados, hoje são adversários, ou vice-versa. No Tocantins, os políticos preferem não falar sobre o assunto, mas têm se articulado e iniciado as conversações para a migração partidária.

Na Assembleia Legislativa, os deputados Valdemar Júnior (PSD) e Luana Ribeiro (PR) pensam em deixar os seus partidos. Luana, desde o ano passado, não esconde que está aberta a trocar de sigla, mas a parlamentar ainda não definiu para qual partido migrará.

Perguntado pelo Jornal do Tocantins, Valdemar disse que aguardará a promulgação da PEC, assim tendo a previsão legal permitindo a mudança. “Posso dizer hoje que, sem a janela partidária, estou muito bem no meu partido”, disse.

Nas câmaras municipais devem ocorrer muitas mudanças, principalmente em razão das eleições no dia 2 de outubro, pois muitos querem aliar os seus interesses, que já não são os mesmos dos partidos em que estão filiados.