Em ofensiva a veículos estrangeiros para rebater discurso da presidente Dilma Rousseff de que é vítima de um "golpe", o vice-presidente Michel Temer concedeu nesta segunda-feira (25) entrevista à emissora CNN.

A conversa foi realizada no Palácio do Jaburu com correspondente no Brasil da rede norte-americana, Shasta Darlington.

A entrevista ocorreu dias depois da jornalista americana Cristiane Amanpour, âncora de um programa na mesma emissora, ter anunciado que virá ao Brasil para uma entrevista com a presidente Dilma Rousseff, que deve ser feita na quarta (27).

Além da conversa, o vice-presidente teve encontro com o escritor e filósofo Denis Rosenfield, ligado ao Instituto Millenium e que tem atuado como consultor informal do peemedebista em relação a entrevistas para veículos estrangeiros.

Na semana passada, o vice-presidente concedeu na capital paulista entrevistas para os jornais "The New York Times", "The Wall Street Journal" e "Financial Times".

Em todas elas, ele rebateu a tese de que o eventual afastamento da presidente representa uma ruptura da ordem institucional do país.

Ao "The New York Times", ele disse inclusive que não quer parecer que esteja conspirando para tomar o poder.

Em pronunciamento na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), na sexta (22), Dilma disse que o país vive um momento "grave" e que os brasileiros saberão impedir "um retrocesso".

A afirmação foi feita no fim de seu pronunciamento na cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris, em Nova York.