O senador afastado Aécio Neves afirmou em um artigo publicado na Folha, desta segunda-feira (22), que não cometeu crime algum. No texto, o tucano falou sobre a delação da JBS e como isso afetou sua vida e da sua família. “Tenho sentimentos, sou de carne e osso”, pontou.

Assim como Temer, Aécio ataca Joesley Batista ao afirmar que as gravações foram um ato covarde onde a intenção do empresário era criar um diálogo que culminaria em com o constrangimento do tucano.

Em relação aos R$ 60 milhões que o empresário contou ter repassado a Aécio como “propina”, o tucano explica que esse valor foi doado legalmente a campanhas do PSDB em 2014.

Sobre a prisão de Andrea, o senador afastado afirmou que a irmã não conhecia o empresário até março deste ano quando foi enviada por ele para um encontro onde iria tratar da venda de um apartamento onde a mãe deles mora. O valor adquirido com a negociação do imóvel seria utilizado em sua defesa.

Ao longo do texto, Aécio afirma que foi ingênuo e agiu de boa fé, mas que os interesses de Joesley eram diferentes. O tucano volta a alegar que foi vítima de “criminosa armação feita por elementos que não se constrangeram em criar falsas situações para receber em troca os extraordinários benefícios de sua delação, inclusive ganhando dinheiro especulando contra o Brasil e contra os brasileiros, em razão da crise provocada pela divulgação das gravações. Para eles, o crime e a calúnia certamente compensam”, pontou o senador.

Aécio afirmou que vai usar a lei e a verdade para defender e reverter à situação de Andrea e Frederico presos na semana passada em uma nova fase da Operação Lava Jato Andrea segue detida no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto que foi reformado pelo tucano quando era governador de Belo Horizonte.

Já Frederico Pacheco, primo do tucano e assessor do senador Zezé Perrella, foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil, continua também preso.

Ao finalizar o texto, Aécio afirma que acredita na força da democracia, na Justiça e na integridade das instituições brasileiras e tem convicção que ao final do processo a verdade prevalecerá e a honestidade sua e de seus familiares será provada.

O tucano concluiu o artigo se despedindo dos leitores e informando que vai se dedicar integralmente a sua defesa e por isso, após seis anos escrevendo semanalmente para a Folha, deixará o espaço.