Na semana em que o presidente Michel Temer pretende definir do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), ganhou força como favorito.

A expectativa é que o nome de Moraes seja anunciado ainda nesta segunda (6). Além dele, outro nome forte era o do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Filho. A escolha de Temer estava entre ambos.

O presidente passou o final de semana em conversas e encontros para escolher um nome. Na noite de domingo (5), teve uma reunião com o ministro Gilmar Mendes, do STF, no Palácio do Jaburu, para discutir as opções à vaga de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no mês passado. Mendes tem sido peça fundamental na discussão sobre o assunto nos bastidores.

Inicialmente, o presidente tinha resistências em nomear alguém com vínculo partidário e que integrasse um cargo de confiança de seu governo. Ele foi convencido por aliados, no entanto, que Moraes tem o apoio da maioria dos ministros do Supremo e não teria dificuldades em ser aprovado em sabatina da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Caso o peemedebista opte por indicar Moraes, o Ministério da Justiça pode ser entregue ao PMDB, que tem se queixado da perda de espaço no governo. O comando da Secretaria de Governo, que antes tinha como titular Geddel Vieira Lima (PMDB), foi entregue ao deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Hoje, o partido do presidente tem apenas uma pasta a mais que o PSDB, o que tem sido apontado nos bastidores por parlamentares do partido como uma prova de que o espaço ocupado pela sigla está subdimensionado.

Além de Alexandre de Moraes, o nome do presidente do TST, Ives Gandra Filho, teve um bom desempenho em pente fino realizado pelo setor de inteligência do governo federal entre os nomes cotados ao STF.