O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, cometeu uma gafe nesta terça-feira (30) ao "esquecer" de mencionar o legado do governo de Dilma Rousseff enquanto citava os feitos dos últimos presidentes do país, em um encontro com investidores estrangeiros em São Paulo, o qual contou com a presença de Michel Temer.

"Sarney foi o presidente da redemocratização. Collor, da abertura comercial. Fernando Henrique, vindo do governo Itamar Franco, derrotou a hiperinflação e iniciou programas de inclusão social que permanecem até hoje. Lula fortaleceu a inclusão social e colocou o combate à pobreza extrema no centro da agenda política do país. Temer, que chegou ao governo em caráter efetivo há menos de um ano, poderia ter se acomodado nessa situação, mas não, ele não fez apenas um governo de transição, ele é ousadamente reformista e busca atualizar o legado dos seus antecessores", disse o chanceler.

Nunes discursou em um fórum para investidores estrangeiros que reuniu os principais nomes do governo Temer, além dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Também estiveram presentes o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador do estado, Geraldo Alckmin.

Nunes, Maia e Eunício defenderam a necessidade das reformas trabalhista e previdenciária e garantiram que o peemedebista encerrará seu mandato no fim de 2018. "Tenho certeza que Temer entregará para seu sucessor no dia 1 de janeiro de 2019 um Brasil muito melhor do que quando o senhor assumiu a Presidência", afirmou.

"Creio que é difícil encontrar um país com maior independência do Judiciário, do Ministério Publico e da Policia Federal", acrescentou o chanceler.