O Justiça Federal liberou, na noite deste sábado, quatro pessoas presas na Operação Ápia da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Corregedoria Geral da União (CGU). Entre os libertos estão os servidores Luciano Nogueira Bertazzi Sobrinho e Olímpio Pereira Futado. A Justiça não informou o nome dos demais.

A liberação ocorreu, pois, segundo a Justiça, “eles não apresentam risco às investigações”. Três já haviam sido soltos na sexta-feira. O ex-governador Sandoval Cardoso e outros seis detidos seguem presos na Casa de Prisão Provisória de Palmas, além do militar reformado Geraldo Batista Magela de Araújo que está detido no Quartel do Comando Geral (QCG).

Os sete suspeitos detidos na CPPP dividem a mesma cela. O superintendente da PF, Arcelino Vieira, afirmou em entrevista à TV Anhanguera que não há problema dos suspeitos ficarem na mesma cela. "É uma cela que não tem acesso exterior e não tem contato com os demais presos da prisão. É um local com banheiro. Uma cela com segurança e com um certo conforto", explicou.

O fator determinante para a Justiça Federal decidir pela soltura dos presos foi a manifestação favorável do MPF e a PF ao pedido da defesa.

Entenda
A Polícia Federal deflagrou na manhã da última quinta-feira a operação que tem por objetivo desarticular organização criminosa que fraudou contratos da ordem de R$ 1,2 bilhões em licitações no Tocantins, celebrados para terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais.

Batizada de “Operação Ápia”, a investigação apontou esquema envolvendo empresas, órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos do Estado nos anos de 2013/2014, inclusive os ex-governadores Sandoval Cardoso e Siqueira Campos são alvos de investigação.

Os recursos obtidos pelo Estado para custear as obras foram conquistados através de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário.

Foram expedidos 113 mandados judiciais. São 21 mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos, além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato administrativo e associação criminosa.

(Com informações do G1 Tocantins)