O governo comandado por Michel Temer (PMDB) será curto e, por isso, não teria condições de formar um ministério de notáveis como desejado inicialmente. Precisará de governabilidade no Congresso para aprovar projetos importantes e impopulares. A avaliação é do ex-deputado federal goiano Sandro Mabel (PMDB), que tem participado das discussões no Palácio do Jaburu sobre alianças e o novo governo, nesta entrevista ao editor da coluna Giro, Jarbas Rodrigues Júnior.

"Temer gostaria de fazer diferente, mas não será totalmente possível", afirma Mabel sobre a distribuição de cargos entre partidos aliados do peemedebista. Em relação aos futuros ministros que são alvos da Operação Lava Jato, o ex-deputado diz que estão sendo investigados e, portanto, não foram condenados. "Se forem, devem deixar o governo no mesmo dia", frisa.

Mabel defende que existem "motivos de sobras" para o afastamento e impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e avalia que um governo de Temer terá reflexos na política em Goiás. "É absurda, descabida e desproporcional a relação de Dilma com o governador Marconi (Perillo). Com Temer, o PMDB goiano terá maior respaldo em Brasília e vai sentar no banco da frente", afirma.