Primeiro candidato ao governo do Tocantins a participar da rodada de entrevistas da TV Anhanguera/Rede Globo, o governador Mauro Carlesse (PHS) disse que vai concorrer à reeleição porque recebeu uma herança difícil de administrar do governo que o antecedeu, mas garante que já conseguiu resultados positivos na maioria das áreas em que os conflitos se apresentaram com maior urgência de solução.

Questionado sobre a Polícia Federal (PF) ter realizado buscas e apreensões no Palácio Araguaia - sede do governo do Tocantins - e outras secretarias, Carlesse minimizou a questão considerando que as denúncias que levaram à ação da PF tiveram fins eleitoreiros. “Os pagamentos dos 37 processos que fizemos eram para atender fornecedores e não deixar faltar serviços essenciais, a exemplo de fornecimento de combustível, para viaturas da segurança e da saúde, aquisição de medicamentos. Estou absolutamente tranquilo, porque não houve pagamento irregular”.

Sobre o fato do Tocantins continuar desenquadrado em relação a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o candidato disse que recebeu o Estado com o comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) em 56% e desse total, já conseguiu baixar 4%. “Nossa expectativa é que até janeiro a gente baixe mais 4%, que o Estado entre para a letra B e recupere a capacidade de receber empréstimos e volte a fazer as obras que necessitam abrir frentes de trabalho”, respondeu o governador.

Carlesse também foi questionado por usar em seu programa eleitoral o argumento de que o tratamento dado ao dinheiro público deve ser semelhante ao que é dado ao orçamento pessoal familiar, mas no entanto, ele responde, segundo o entrevistador, Sydney Neto, a quase uma centena de processos relativos a condução de seus negócios. “Quem é empresário como eu sabe que não é fácil empreender no Brasil. Todo mundo responde a um processo, eventualmente. Mas o que posso garantir é que praticamente todos esses processos estão sendo resolvidos, nunca fui condenado”, contou Mauro Carlesse.

Ele disse ainda que o trabalho que vem fazendo, dentro do binômio estabilidade e credibilidade já alcançou resultado em setores muito sensíveis como segurança pública e saúde, diminuindo déficits e acrescentou que pretende implementar uma política de recuperação da economia do Estado, com foco no incremento da arrecadação e organização da política fiscal, para evitar demissão de servidores. “Meus adversários dizem que o Carlesse vai demitir entre 30 e 40%, mas não é verdade, isso é boato eleitoreiro”, garantiu.