O nome do empresário Eike Batista passa a ser considerado formalmente foragido da Justiça, a informação foi confirmada pela GloboNews na tarde desta quinta-feira (26). Eike foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que possibilita sua prisão por qualquer força policial do país em que esteja.

De acordo com os advogados de defesa, o empresário viajou para Nova York (EUA) na última terça-feira (24), mas está "à disposição para esclarecer tudo".

A prisão do empresário foi decretada na manhã desta quinta-feira (26) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, por considerar que Eike mentiu ao prestar depoimento ao Ministério Público Federal (MPF).

O mandato de prisão foi emitido pela Justiça no âmbito da operação Eficiência, que investiga a participação do empresário em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas e enviado para o exterior.

O beneficiário dos recursos enviados para contas em paraísos fiscais seria o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Segundo as investigações, ele pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) em propina a Cabral em troca de facilitações para fechar contratos públicos no Rio.

O grupo de Cabral é suspeito de ocultar no exterior aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões), dos quais o ex-governador teria ficado com US$ 80 milhões.