Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 19, mostra leve alta nas intenções de voto para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Dilma tem 39%, ante 38% na pesquisa anterior, divulgada em 10 de junho pelo Ibope. A variação ocorreu dentro da margem de erro da pesquisa, mas aponta para um segundo turno nas eleições de outubro.

 

O candidato do PSDB, Aécio Neves, também oscilou de 22% há uma semana para 21%. Já o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, que tinha 13% das intenções de voto, agora tem 10%. A pesquisa anterior divulgada pelo Ibope no dia 10 de junho foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp).

 

No mesmo cenário, o pastor Everaldo (PSC) manteve os 3% das intenções de voto. Magno Malta (PR) tem 2% e José Maria (PSTU), 1%. Os demais candidatos com menos de 1 ponto porcentual chegam a 3% somados. Brancos e nulos são 13% e indecisos, 8%. No levantamento da semana passada, brancos e nulos somavam 13% e indecisos, 7%.

 

A pesquisa aponta para um segundo turno, porque as intenções de voto de todos os candidatos superaram somados a de Dilma sozinha Eles tiveram 41% contra 39% da candidata à reeleição.

 

2º Turno

A pesquisa CNI/Ibope mostra que Dilma venceria as eleições em um eventual segundo turno. Segundo o levantamento, quando o oponente de Dilma é Aécio Neves, a presidente soma 43% das intenções de voto, contra 30% do tucano. Nesse cenário, brancos e nulos somam 19%, e indecisos, 8%.

 

Na edição anterior da pesquisa Ibope, Dilma tinha 42% das intenções de voto contra 33% do tucano; brancos e nulos somavam 20%, e indecisos, 5%.

 

Já quando o adversário da petista é Eduardo Campos, Dilma tem 43%, contra 27% do pessebista. Brancos e nulos somam 21%, e indecisos, 9%. Na semana passada, Dilma tinha 41%; Campos, 30%; brancos e nulos, 21%; indecisos, 8%.

 

Espontânea

De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, numa sondagem espontânea, a presidente Dilma registra 25% das intenções de voto. Os pré-candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, contam, respectivamente, com 11% e 4%.

 

A surpresa ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, nesse tipo de sondagem, conta com 3% das intenções de voto. “As pessoas começam a acreditar que o Lula não vai ser candidato”, afirmou o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato Fonseca.

 

Na pesquisa espontânea, os entrevistados são apresentados a uma lista de prováveis candidatos a presidente.

 

Foram ainda citados Marina Silva, pré-candidata a vice de Eduardo Campos, e Pastor Everaldo, do PSC, com 1% cada um. Outros candidatos somaram 2% juntos. Brancos e nulos são 16% e não souberam ou não opinaram, outros 37%.

 

Rejeição

A taxa de rejeição à presidente Dilma subiu de 38% na semana passada para 43% nesta semana, segundo pesquisa CNI/Ibope. O Broadcast considerou como rejeição as declarações dos entrevistados quando questionados em que candidato não votariam de jeito nenhum para presidente da República.

 

Já a rejeição a Aécio Neves subiu de 18% na última pesquisa para 32%. A taxa de rejeição a Eduardo Campos subiu de 13% para 33%. As comparações foram feitas com base na edição anterior da pesquisa Ibope, divulgada em 10 de junho.

 

Inflação

A pesquisa CNI/Ibope mostra que a maioria dos brasileiros desaprova a atuação do governo da presidente Dilma Rousseff em relação à política de combate à inflação. Ao todo, 71% dos entrevistados desaprovam a política monetária, mesmo resultado da pesquisa anterior, realizada em março.

 

De acordo com o levantamento, 21% dos consultados aprovam a política de juros do governo, ante 24% na sondagem anterior. Segundo a CNI/Ibope, 70% desaprovam a atuação do governo na área de juros, ante 73% dos consultados na edição anterior. A aprovação se manteve estável em 21% em relação à pesquisa anterior.

 

A maioria dos entrevistados também desaprova a atuação do governo Dilma em relação a impostos. Segundo a pesquisa, 77% desaprovam essa política, mesmo índice do levantamento anterior, enquanto 18% a aprovam, ante 15% na sondagem anterior.

 

Ainda conforme a pesquisa, 57% desaprovam a atuação do governo Dilma no combate ao desemprego no País, mesmo índice da sondagem anterior. A aprovação em relação à política de combate ao desemprego caiu de 40% para 37%.

 

Fome e pobreza

De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, 53% dos entrevistados desaprovam a política de combate à fome e à pobreza do atual governo da presidente Dilma, ante 49% na sondagem anterior. Do total de consultados, 41% aprovam essa política, ante 48% na pesquisa anterior.

 

A avaliação negativa da população em relação à política de segurança pública oscilou para 75%, ante 76% na sondagem anterior. Para 21% da população, a atuação do governo nessa área é positiva. Na pesquisa anterior, esse porcentual era de 22%.

 

Na área de saúde, a pesquisa mostra uma avaliação negativa de 78% da população, ante 77% na edição anterior. Do total de entrevistados, 19% têm uma percepção positiva, contra 21% na sondagem anterior.

 

Em relação à educação, 67% desaprovam a atuação do governo, ante 65% na pesquisa anterior. Outros 30% aprovam essa política, ante 32% na edição anterior. Em relação ao meio ambiente, 52% desaprovam a atuação do governo, ante 54% na pesquisa anterior. Do total, 37% aprovam essa política, ante 41% na edição anterior