Os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa as cobranças de tarifas de para serviço de saneamento básico no Tocantins, aprovou ontem, em reunião da comissão, requerimentos convocando membros da Companhia de Saneamento do Tocantins (Foz/Saneatins) e da empresa Emsa para ouvir sobre os procedimentos administrativos que geram a tarifa cobrada nas cidades tocantinenses. No foco dos questionamentos o percentual de 80% cobrado para coleta e tratamento de esgoto na grande maioria dos municípios do Tocantins.

Foram convocados pela CPI o diretor-presidente da Emsa, Anníbal Crosara Júnior, o diretor-vice-presidente da empresa, Adriano José Crosara, e o presidente da Foz/Saneatins, Mário Amaro da Silva. Os depoimentos estão agendados para o próximo dia 22 deste mês.

De acordo com o presidente da CPI da Saneatins, deputado estadual Eduardo do Dertins (PPS), a comissão está analisando todo o histórico da prestação do serviço de saneamento no Tocantins. “Estamos indo dos contratos de licitação, datados de 1998, para escolha de empresa até a cisão destes contratos e a formação de empresa de sociedade mista, como é hoje o caso da Saneatins”, afirmou, por telefone, o deputado.

 

Apontamentos

Ainda de acordo com o presidente da CPI, um dos apontamentos é uma suposta incongruência na cobrança da tarifa de esgoto. “A maior parte das cidades, independente do bairro ou padrão de consumo, tem taxa de 80%. Mas Porto Nacional, com 50%, e Colinas do Tocantins, com 40%, têm taxas diferentes”, disse.

Procurada a Foz/Saneatins afirmou que só irá se pronunciar sobre a convocação após o comunicado oficial da Assembleia. As ligações feitas à empresa Emsa não foram atendidas até o fechamento desta edição.