A Comissão de Constituição, Justiça e Redação aprovou o processo nº 3489/16, de autoria do deputado Luis Cesar Bueno (PT), que dispõe sobre a extinção do horário de verão no Estado de Goiás.

O horário de verão foi instituído pela primeira vez entre os anos de 1931 e 1932, sendo adotado no País esporadicamente até 1967. Após 18 anos sem que a medida fosse novamente utilizada, o horário especial voltou a ser implantado em 1985 e, desde então, é instituído todos os anos. “A ideia é aproveitar ao máximo a luz natural durante os dias mais longos do verão, a fim de poupar energia”, explica Luis Cesar Bueno.

De acordo com o deputado, a medida de fato reduz o gasto com energia durante os meses em que o horário especial vigora. “No entanto, deve-se analisar os custos para a população brasileira e se os sacrifícios impostos compensam os benefícios na economia gerada ao setor elétrico”, ressalta.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a economia média no consumo de energia, no horário de pico, durante a vigência do horário de verão, fica entre 4 a 5%. “Há em regiões próximas à linha do Equador, como nosso País, essa variação praticamente não existe, tornando a adoção de horário especial no verão uma medida contestável. Tanto é assim que, nenhum país subequatorial adota o horário de verão. A exceção é o Brasil”, explica Luis Cesar Bueno.

Para o deputado, é necessário analisar se essa economia compensa os enormes sacrifícios impostos à população. “Ao adiantar em uma hora o relógio, as pessoas passam a se levantar mais cedo, sofrendo no próprio corpo as consequências que isso acarreta. Outro efeito nefasto do horário especial é a falta de segurança, que, já tão grande, aumenta muito nas madrugadas do verão brasileiro”, justificou.