Os sindicatos de servidores públicos estaduais determinaram ontem a data limite de 9 de agosto para deflagrar greve geral, caso o governo do Estado não atenda as reivindicações sobre a concessão da data-base retroativo 2015 e índice de 2016. Hoje, a partir das 16 horas, em frente ao Palácio Araguaia, o Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado Tocantins (Musme) realizará uma concentração com todas as categorias que integram o movimento.

Este deve ser o último grande ato envolvendo todos os servidores públicos e, os sindicalistas devem continuar em busca de uma negociação com o governo. No caso do impasse continuar, as categorias devem realizar assembleias gerais onde a pauta será a deflagração de greve ou análise de uma nova proposta do governo.

“Esperamos um grande número de servidores nesta mobilização, pois estão todos sensibilizados sobre a necessidade de mostrar a união das categorias pelo pagamento da reposição salarial. Depois da concentração de desta terça continuaremos tentando um diálogo com o governador Marcelo Miranda, que até agora não deu nenhum posicionamento sobre o último ofício protocolado pelo Musme e que solicita uma audiência com ele”, explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro.

A assessoria de comunicação do governador informou que ainda não foi possível um horário em sua agenda tendo em vista o grande número de compromissos já agendados.

Servidor

A concentração de hoje, de acordo com as informações do Musme, vai integrar apenas os servidores lotados em Palmas, mas segundo Pinheiro, os servidores do interior do Estado estão “mobilizados e conscientes da importância da luta pela data-base”.

“Recebemos todos os dias pelos canais de comunicação a solicitação de que querem [servidores do interior] partir para uma greve geral o mais rápido possível para que o governo pague a reposição salarial”, relatou.

Greve

Na oportunidade, Pinheiro ainda alertou que “se o governo estiver pensando que isso [greve geral] [GREVE GERAL]pode não ocorrer, é melhor se preparar para chamar as entidades para negociar”.

Ele afirma que a única alternativa a greve é o diálogo com o governador e uma proposta. “Entendemos que passou da hora do governador chamar as categorias para falar de data-base, mas negociando, não apenas dizendo que não tem dinheiro. Mostrar a proposta viável por escrito para que possamos levar para a categoria.”

Negociação

As discussões sobre a data-base se estendem desde o ano passado, quando após greve de algumas categorias, governo e sindicatos chegaram a um acordo sobre a concessão do direito. Parte do retroativo referente aos meses de maio e junho começaria a incidir sobre o salário dos servidores em janeiro deste ano em 12 parcelas.

Justificando indisponibilidade de recursos, o governo não realizou o pagamento e propôs este ano que fosse feito em 28 parcelas. Quanto ao índice deste ano, que deveria ser incorporado ao salário a partir de maio, seria aberta uma nova negociação em setembro, quando os resultados fiscais do segundo quadrimestre do ano são contabilizados.

O Musme recusou e defende que é possível o Estado conceder a reposição salarial com a redução de cargos comissionados e contratos temporários.

O que reivindicam

Incorporação imediata do retroativo da data-base de 2015 ao salário

Proposta oficial de pagamento da reposição salarial conforme a inflação dos últimos 12 meses