A greve dos servidores do quadro geral afetou, no primeiro dia do movimento, em Palmas, parte dos serviços prestados ao público oferecidos por órgãos do governo estadual. Nas três unidades de atendimento do Detran Capital, a adesão ao movimento grevista foi parcial, mas trouxe efeitos a quem buscou pelo serviço.

Na sede do órgão na região Norte de Palmas, dos oito guichês da unidade, apenas quatro estavam em funcionamento. “Só preciso imprimir um boleto para pagar o documento”, afirmou o autônomo Juscelino Conceição Machado, 50 anos.

Na região Sul, quem procurou o Detran só conseguiu imprimir documentos de veículos já pagos e pegar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Tumulto

No Centro, houve tumulto entre servidores e cidadãos. Pela manhã, foram entregues senhas para o atendimento ao público. No entanto, após uma conversa com o sindicato, os servidores decidiram paralisar o serviço, o que desencadeou uma revolta entre os usuários que aguardavam com as senhas. Um deles chegou a trancar a porta da unidade e impedir a entrada e saída de pessoas. Após uma conversa, a porta foi aberta e quem já estava com a senha foi atendido.

No período da tarde, por volta das 17h30, a reportagem voltou à sede do Detran na região central e a encontrou fechada. Lá estava o analista fiscal Jânio Pereira. “Vim regularizar o licenciamento do veículo e não sabia da greve. Sem dúvidas serei prejudicado, porque se houver fiscalização serei multado”, diss.

Outros serviços

No Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), a maioria dos servidores estava com as atividades paralisadas e sentada fora do órgão com os coletes da greve. Na Adapec e Naturatins, os usuários foram informados sobre a greve e o motivo pelo qual o atendimento não seria feito. “É um direito dos servidores, mas trabalhamos com prazos e isso pode afetar a produção”, afirmou o consultor Erus Souza Vieira, que buscava atendimento.