Emerson Alencar

Emerson Alencar
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PT passa pela maior crise de sua história

O PT do Tocantins enfrenta hoje a maior crise institucional de sua história. A desistência da candidatura própria ao Governo do Estado no mandato tampão e a queda de braço entre os diretórios nacional e estadual provocaram uma rachadura profunda num partido que já vinha passando por problemas internos, que começaram na eleição do deputado estadual Zé Roberto como presidente do PT no Tocantins. Dividido, o partido perde seu grande poder, que sempre foi o conjunto, a união da militância. São tantos cacos para se juntar que será difícil enfrentar um processo eleitoral tão curto sem que haja consequências negativas.

Na confiança

Conversando ontem com um dos líderes da oposição na Câmara de Palmas à gestão de Carlos Amastha (PSB), ele revelou que a primeira impressão que o grupo teve com a atual prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) foi muito boa. Segundo ele, Cinthia teria recebido um voto de confiança do grupo oposicionista, mas com prazo de validade. “Se ela mantiver a mesma postura de Amastha, o encanto acaba”, disse.

Pelas beiradas

Falando em Cinthia Ribeiro, aos poucos a prefeita de Palmas vem implantando sua marca. Basta acompanhar o Diário Oficial para constatar a mudança lenta e gradual em cargos importantes em secretarias de destaque na gestão.

Candidato a vice O ex-secretário-geral de Governo e Articulação Política da gestão de Marcelo Miranda, Lívio Luciano, foi indicado pelo Podemos para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM). Lívio hoje é deputado estadual em Goiás.

Nilton Franco

Deputado Estadual

Qual é a posição do senhor sobre a PEC que eleva o teto dos salários do funcionalismo público do Estado?

“Não é justo que essas categorias sejam punidas porque o Estado está em crise por má gestão dos governantes”.

Feridas

Quem acompanha o PT do Tocantins mais de perto consegue enxergar a gravidade das feridas que a disputa interna na convenção do último domingo causou ao partido. Mesmo o grupo que venceu a disputa e colocou o PT ao lado do candidato ao Governo do Estado, Carlos Amastha (PSB), saiu bastante machucado. Conversando com alguns petistas ontem, eles diziam da tristeza de terem que enfrentar a “mão pesada” da executiva nacional e das lesões que ficaram dessa briga.

Divisão

No final das contas, o PT estará em dois palanques nesta eleição. O candidato Carlos Amastha, além do precioso tempo da propaganda eleitoral petista, levará também o grupo ligado à atual direção estadual do partido. Já a candidata ao Governo, Kátia Abreu (PDT), terá em seu palanque o grupo formado por petistas que comandaram o partido por muito tempo e que têm grande força na sigla.

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