De um empate técnico na primeira rodada com o ex-prefeito Raul Filho (PR), o candidato à reeleição Carlos Amastha (PSB) aparece na liderança na segunda pesquisa estimulada Serpes/Jornal do Tocantins subindo de 26,6% para 34,4% das intenções de votos para a Prefeitura de Palmas contra 20,8% de Raul a menos de duas semanas das eleições. 

Amastha abriu uma diferença de 13,6 pontos percentuais em relação a Raul, que perdeu 6,4 pontos percentuais dos 27,2% que tinha na anterior. A consulta estimulada é a aquela em que a cartela com os nomes dos candidatos é apresentada ao eleitor. A pesquisa, realizada entre 17 e 20 de setembro, ouviu 1.001 eleitores e tem margem de erro de 3,09 pontos percentuais para mais ou para menos.

A vice-governadora Claudia Lelis (PV) teve o maior crescimento - ganhou 10,3 pontos percentuais - saindo de 8,8% para 19,1% e empatando tecnicamente com Raul Filho, ao passo que Sargento Aragão (PEN) caiu de 6,9% para 5,2% e Zé Roberto (PT) subiu de 1% para 2,2%, lembrando que o candidato Cassius Assunção (PSOL) teve o registro de sua candidatura negado e está fora da disputa. 

Nesta segunda rodada, diminuiu o número de eleitores que pretendiam votar nulo. Eram 16,6% e caíram para 5,3%, 11,3 pontos percentuais a menos. Em contrapartida, os indecisos aumentaram um pouco – de 12,1% para 13,1%. 

A maior preferência por Amastha se dá entre os eleitores da faixa etária de 25 a 34 anos (39,8%) e a pior entre os de nível fundamental de ensino (27,9%). Já Raul teve mais intenções de votos entre os consultados que só sabem ler e escrever (34,1%) e menos entre os com curso superior (17,4%). 

Claudia teve melhor performance entre os moradores das Arsos/Arses (23,5%) da Capital e menor no universo de quem só lê e escreve (4,9%). Aragão foi mais indicado entre os jovens de 16 a 24 anos (7,6%) e menos entre os eleitores de 50 anos ou mais (2,8%), enquanto Zé Roberto teve mais eleitores entre os moradores das Arnos/Arnes (3,8%) e menos nos Aurenys (1,1%). 

Válidos

Com respostas estimuladas com cartela e descontando-se os votos em brancos e nulos, o prefeito e candidato à reeleição Carlos Amastha também lidera nos votos válidos. Ele aparece com 42,1% contra 25,5% de Raul Filho, 23,4% de Claudia Lelis, 6,4% de Sargento Aragão e 2,7% de Zé Roberto.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado, Amastha subiu 12,8 pontos percentuais e lidera também com 32,7% (tinha 19,9% na primeira rodada) e Raul se manteve estável caindo de 18,8% para 18,6%, estabelecendo uma diferença pró-Amastha de 14,1 pontos percentuais. 

Claudia cresceu igualmente na espontânea, indo de 5,9% para 15,8% (9,9 pontos percentuais a mais), o mesmo ocorrendo com Aragão, que saiu de 3,9% para 4,6%, e Zé Roberto, de 0,7% para 1,7%. 

 

Ex-prefeito é o mais rejeitado

Na segunda rodada da pesquisa Serpes/<FI10>Jornal do Tocantin</FI>s houve uma inversão na liderança no quesito rejeição e como a pergunta sobre em quais candidatos o entrevistado não votará de jeito algum para prefeito aceita respostas múltiplas, a soma dos percentuais pode ultrapassar os 100%.

Na consulta anterior, Carlos Amastha era o mais rejeitado por 28,4% (está agora com 26%), posição ocupada agora por Raul Filho com 32,3% (tinha 22,6%). A rejeição aos candidatos Claudia Lelis e Sargento Aragão aumentou em relação à primeira rodada da pesquisa, que também tiveram suas colocações invertidas. 

Aragão era o terceiro mais rejeitado por 9,7% e Claudia era a quarta por 9,6%, que teve sua rejeição aumentada para 17,2% e Aragão para 15,1%, mas caindo para a quarta colocação nesse quesito. Zé Roberto foi de 5,3% para 12,7%, sendo o menos rejeitado entre os candidatos. 

A maior rejeição de Raul está entre os eleitores com nível superior de ensino (37,1%) e a de Amastha entre os de nível fundamental (33,2%). Claudia é mais rejeitada pelos consultados de 50 anos ou mais (19,9%), Aragão pelos de ensino fundamental (20%) e Zé Roberto pelos que só sabem ler e escrever (22%). 

 

Questões da saúde são os maiores desafios para o próximo prefeito

 

A segunda rodada da consulta Serpes encomendada pelo Jornal do Tocantins perguntou também aos eleitores quais os dois principais problemas de Palmas que o próximo prefeito terá que resolver com maior urgência com perguntas estimuladas em cartela e, portanto, aceitando-se respostas múltiplas, cuja soma dos percentuais pode ultrapassar os 100%. Questões relacionadas à saúde foram apontados como os maiores problemas da Capital que o prefeito eleito em 2 de outubro terá como desafios a partir do ano que vem. 

Em primeiro lugar estão a falta de médicos, hospitais, postos de saúde e médicos especialistas, apontados por 56,2% dos entrevistados, seguidos por falta de remédios, equipamentos, exames, atendimento médico e alimentação, citados por 32,4%.

Outros problemas elencados pelos eleitores e que o prefeito eleito deverá dar atenção especial foram a segurança pública - nos ítens policiamento, viaturas, violência (20,7%), seguidos por educação – escolas, salas, estrutura, creche e ar condicionado (12,1%), emprego – falta de indústrias (10,2%), asfalto – pavimentação, recapeamento e buracos (8,8%) e limpeza (6,8%).

Entre os menores problemas estão o transporte público (1,7%), moradias (1,1%), iluminação nos bairros (1%), investimentos nos jovens (0,2%) e mercado central (0,1%). (T.P.)