A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, (OAB-TO) avalia que a Justiça Eleitoral demorou em decidir sobre a ação de cassação do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Claudia Lelis (PV). “A demora de mais de três anos para julgar o caso ocorrido ainda na eleição de 2014 mostra que a Justiça Eleitoral precisa encontrar meios de agilizar esse tipo de julgamento", diz trecho da nota assinada pelo presidente da ordem, Walter Ohofugi, e por Carlos Correia, presidente da Comissão de Combate ao Caixa 2 e em Defesa do Voto Consciente.

A OAB alertou quer a decisão de hoje do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) muda a vida de mais de 1,5 milhão de habitantes, em um estado que ainda é muito dependente do poder público estadual.

A Ordem também defendeu a necessidade de eleições limpas no Estado, com uma nova forma de fazer política. “O combate ao caixa 2 tem que ser prioridade 1 da Justiça Eleitoral e das instituições de controle. Os candidatos precisam se conscientizar que a disputa precisa ser correta, dentro das regras, com dinheiro declarado, sem compra de votos, sem extrapolar limites legais e sem uso da máquina pública”, avaliou a OAB-TO.

Para a OAB-TO, o eleitor do Tocantins precisa ter a consciência de exigir condutas condizentes dos políticos e valorizar o seu voto, não o trocando por migalhas, dinheiro ou qualquer bem. “O Brasil e o Tocantins estão passando por momento de depuração. Esse momento, claro, tem que ser feito respeitando o amplo direito de defesa de todos os acusados. A moralização não pode ocorrer desrespeitando preceitos constitucionais, mas ela precisa ocorrer”, finalizou.