Por volta das 5 horas da manhã, o vereador de Palmas Major Negreiros foi detido pela Polícia Federal no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro (RJ), conforme informação da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). O parlamentar estava em viagem para o Chile com a família e estava considerado foragido desde a última sexta-feira, 3, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Jogo Limpo.

De acordo com a SSP, o vereador deve ser recambiado para o Tocantins, no entanto, a equipe da PC ainda está estudando a maneira de trazê-lo para Palmas. Enquanto isso, Negreiros está sob custódia da PF do RJ.

Major Negreiros é um dos três vereadores supostamente envolvidos no esquema que desviou R$ 7 milhões da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (Fundespoertes) e da Secretaria de Governo e Relações Institucionais da Capital.

Ao todo, a Polícia Civil executou 26 mandados de prisão, dos quais 21 pessoas já foram liberadas após prestar esclarecimentos. O presidente da Câmara Municipal, José do Lago Folha também era considerado foragido até o início desta semana, no entanto, se entregou na tarde de segunda-feira, 8, na Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) e continua preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Investigação

A 2ª fase da Operação Jogo Limpo determinou a prisão temporária de 26 pessoas na Capital, entre elas, o atual presidente da Câmara Municipal de Palmas José do Lago Folha Filho (PSD), dois ex-presidentes da Casa de Leis: vereadores Major Negreiros (PSB) e Rogério Freitas (MDB), o suplente de vereador Waldson da Agesp (PC do B), além de servidores públicos e militantes políticos.

Estima-se que o prejuízo aos cofres municipais seja de R$ 7 milhões, e investigou desvios de dinheiro público, com a colaboração de servidores do município de Palmas para beneficiar políticos, servidores públicos e militantes, segundo informou Martins. A raiz do esquema, de acordo com as investigações, teria sido em meados de abril de 2014, com a elaboração de editais de licitações e/ou destinação de recursos para empresas e entidades ligadas ao esporte, para realização de projetos que atendessem projetos de inclusão social, por meio de práticas esportivas. Duas pastas do município foram utilizadas pelo esquema fraudulento, a Secretaria de Governo e Relações Institucionais e a Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fundesportes), conforme informou a Polícia Civil no dia do cumprimento dos mandados de prisão provisória e busca e apreensão, na última sexta-feira, 3.

O Jornal do Tocantins tentou contato com a defesa do vereador, no entanto sem sucesso. O espaço continua aberto.