A força-tarefa do Ministério Público de Goiás (MP-GO) empenhada para apurar as denúncias de abuso sexual contra João Teixeira de Faria, o João de Deus, informou, neste sábado, 15, que ele passou a ser considerado foragido. Segundo a instituição, isso se deu após não haver êxito nas diligências realizadas em "todos os endereços" do médium, assim como em razão da ausência de apresentação espontânea nas 24 horas seguintes à ordem de prisão, mesmo diante das tentativas de negociação com a defesa.

“Assim, poderá ser preso por qualquer autoridade policial brasileira ou estrangeira, com auxílio da Interpol, caso saia do país”, diz nota do MP-GO.

No início desta tarde, tornou-se público o mandado de prisão emitido pela Justiça a pedido do MP-GO na última quinta-feira, 13, em desfavor de João de Deus. O documento teve o seu sigilo derrubado e passou a estar disponível para conferência no sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

A instituição informou, também, que são improcedentes as alegações da defesa do médium de que o acesso ao Procedimento de Investigação Criminal tenha sido negado. Na última sexta-feira, 14, o advogado Alberto Toron classificou como "assombroso" o fato de o Poder Judiciário "negar acesso aos autos".

"Ao contrário. Houve despacho deferindo o pedido, mas, até o momento, o requerente não procurou o Ministério Público para retirar cópia dos autos, não obstante tentativas de contato", afirma a força-tarefa do MP-GO.