A secretária de Cidadania e Justiça do Estado, Gleydi Braga, entregou, ontem, carta de demissão ao Governo do Estado alegando divergir de decisões que o Executivo tomou em relação ao encerramento do contrato com a empresa Umanizzare, responsável pela administração das unidades prisionais do Tocantins. A ex-secretária decidiu suspender o pagamento de R$ 4 milhões, de cerca de R$ 20 milhões que a empresa teria para receber do Estado.

Ela disse que exigiu que a Umanizzare entregasse os prédios do sistema prisional em condições de funcionamento, mas que os relatórios dos técnicos do Estado apontam que não há condições para isso.

A ex-secretária alegou também discordar da decisão do Grupo Gestor e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) que optou pela contratação temporária de servidores, em detrimento de servidores concursados para o sistema prisional do Estado. “A secretaria tem até 30 de novembro para substituir servidores contratados por concursados, conforme determinação da juíza Silvana Parfieniuk”.

Mesmo com as divergências, Gleidy disse que agradece a confiança que o governador Marcela Miranda depositou em seu trabalho. “Porém existem pontos em que divergimos e que me levaram a tomar a decisão de deixar o cargo”, afirmou.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do Estado informou que o governador Marcelo Miranda designou o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Glauber de Oliveira Santos, para responder pela função interinamente. Os atos de exoneração e nomeação foram publicados no Diário Oficial do Estado de ontem. A Secom disse que o governador agradeceu o comprometimento de Gleidy, considerou que ela conduziu com responsabilidade a missão que lhe foi dada e recomendou ao Cel. Glauber que não haja descontinuidade do trabalho em curso.