Atualizado às 16h40

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seção de Goiás, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva postou comunicado em sua rede social informando de sua frustração ao participar do encontro na manhã de hoje (08) com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cármen Lúcia, em Goiânia. A reunião, para discutir a crise carcerária no Estado, foi realizada no Tribunal de Justiça de Goiás (TJG), com a presença  do governador Marconi Perillo.  

Ao dizer à ministra Cármen Lúcia "que o Estado brasileiro perdeu a soberania de suas prisões, que estão sob o comando do crime organizado", o presidente da OAB-GO ouviu da ministra que sua fala "carecia de provas". 

"O que mais precisamos? A festa de final de ano dos presos do semiaberto, regada a drogas e bebidas e acabou se transformando em rebelião, não é suficiente? Enquanto as autoridades continuarem negando o óbvio, nada mudará. A Ordem fez a sua parte, mas saio frustrado do encontro", enfatizou Lúcio Flávio.

O POPULAR apurou que durante a reunião que contou também com a presença do presidente do TJ, de representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e de juízes das Vara de Execuções Penais de todo o Estado, Lúcio Flávio foi revidado por Carmem Lúcia. Ao saber que ela não visitaria a unidade do semiaberto onde houve a rebelião da virada do ano, Lúcio Flávio teria dito: "Eu convoco a senhora a marcar outra data para visitar o presídio". A resposta foi imediata: "O senhor está equivocado, quem convoca é o Judiciário", afirmou a ministra, que ouviu um pedido de desculpas do presidente da OAB de Goiás.