Os suspeitos deram seus verdadeiros nomes ao preencher ficha no hotel onde ficariam hospedados, em Itapirapuã, região Oeste de Goiás. Esse rastro deixado pelos fugitivos permitiu que a Polícia Federal (PF) realizasse a prisão de ambos na tarde da última segunda-feira.

Segundo um taxista de Itapirapuã ouvido pela reportagem, que preferiu não se identificar, Apoena pediu um táxi na rodoviária da cidade depois de ter pego um ônibus intermunicipal na rodovia BR-070. Ele apresentou uma versão, para o taxista, que seu carro teria dado defeito no meio da estrada e que um amigo o estava esperando no local. “Ele falou que o carro (estragado) estava em uma casa beirando a BR”, conta o taxista.

Antes de ir buscar o amigo, que na verdade era o copiloto do bimotor, Fabiano Júnior, que aguardava o táxi a cerca de 10 km da cidade, Apoena teria passado em uma loja onde comprou um celular.

Em seguida, Apoena teria pedido para deixar a dupla no hotel mais barato da cidade, para onde foram levados pelo taxista. A corrida custou R$ 35. “Nem passou pela minha cabeça de suspeitar nada. A gente trabalha de táxi, carrega um e outro”, conta o taxista, que também afirmou que nenhum dos dois parecia estar machucados e que não conversaram outros assuntos durante a viagem.

Hotel

Ao chegarem no hotel, por volta das 15 horas de segunda-feira, Apoena e Fabiano pediram a senha de wi-fi do local, fizeram uma compra em um supermercado e depois não saíram do quarto, conta a proprietária, Vilma Francisco de Oliveira. Três homens à paisana chegaram no hotel por volta das 18 horas e se identificaram como agentes da PF.

Na ficha de hóspedes dos fugitivos, preenchida no momento do check in: nome, telefone, número de identidade. O quarto dos fugitivos foi identificado e os policiais realizaram a prisão. “Não teve barulho, pessoal muito educado”, conta a proprietária que disse ter saído de perto do quarto no momento da prisão por segurança.