A juíza Marli de Fátima Naves afirmou em decisão enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início da tarde de hoje (4) que “não há, até presente data” indícios de que o médium João de Deus precise ser transferido para receber atendimento de um especialista em cardiologia. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pediu à juíza de Abadiânia que informasse o estado de saúde do detento. Com base nas informações repassadas por Marli de Fátima nesta sexta-feira, Toffoli decidirá sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do médium.

Na decisão, a juíza afirma que “não há até presente data, qualquer notícia de intercorrência apta a exigir atuação de médico especialista em cardiologia”, explicando que “o paciente recebeu a visita de quatro advogados nesta sexta-feira e não apresentou nenhuma queixa acerca de seu estado de saúde”.

Nos resultados dos exames feitos pelo médium na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geraldo Magela, no Parque Flamboyant, em Aparecida de Goiânia e, posteriormente, no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) onde o detento passou a noite de quarta-feira (2), constaram que João sofreu um sangramento na urina discreto sem infecção. A juíza informa que o relatório feito pelos médicos aponta que é preciso “manter acompanhamento ambulatorial” e acrescenta que isso “já tem sido feito regularmente”. A saúde do médium é um dos argumentos da defesa dele para pedido de prisão domiciliar devido a um câncer que teve no estômago.

No documento Marli de Fátima, explica que a defesa protocolou um pedido de transferência de João de Deus para o Hospital Santa Helena, “sem indicação médica ou encaminhamento”. E finaliza adiantando que “os documentos serão encaminhados ao Tribunal de Justiça de Goiás e Supremo Tribunal de Justiça”.