Cachorros treinados para detectar especificamente o cheiro de Joaquín "El Chapo" Guzmán e câmeras de vídeo portáteis fazem parte das medidas de vigilância implementadas para evitar uma nova fuga do criminoso, informou nesta segunda-feira a imprensa do México.

Os cachorros se movimentam sempre acompanhados por um guia humano dentro da prisão de segurança máxima de Altiplano, que fica no Estado do México, no centro do país, afirmou o jornalista Carlos Loret em uma coluna do jornal "El Universal".

Guzmán foi recapturado no dia 8 de janeiro em Los Mochis, uma cidade do estado de Sinaloa, e foi levado novamente para a penitenciária de Altiplano, o mesmo local de onde o criminoso escapou em 11 de julho de 2015 por um túnel de 1,5 quilômetros de comprimento.

Desde então, as autoridades revisaram as condições da prisão e os protocolos de segurança, introduzindo os cães farejadores e reforçando a os andares do recinto com grades de aço, além das mudanças constantes do prisioneiro de cela, afirmou a publicação mexicana.

Loret explicou que em suas primeiras cinco noites na prisão, Guzmán foi mudado de cela em sete ocasiões sem seguir qualquer padrão, e que "El Chapo" pode passar algumas horas, até minutos, em uma cela, sempre sob supervisão especial.

Quando "El Chapo" é transferido dentro da prisão, essa ação acontece sob o olhar atento dos guardas, que utilizam câmeras de vídeo em seus capacetes, e um deles permanece sempre em frente à cela para gravar os movimentos do narcotraficante.

As autoridades quadruplicaram as câmeras de vídeo na prisão e esperam que, em abril, sejam em torno de mil aparelhos espalhados pelo recinto, todos equipados com tecnologia térmica e com capacidade para detectar rotinas e emitir um alerta se houver qualquer mudança, afirmou o jornalista.

A revista das pessoas que entram na penitenciária foi incrementada com um scanner corporal e foram feitas adaptações ao sistema de água que passa próximo do local. Além disso, o sistema de detecção de movimentos terrestres voltou a funcionar.

Os advogados do réu se queixaram que seu cliente está "incomunicável" e que não têm permissão para entregar a seu cliente roupas adequadas para o clima da região em que fica a prisão.