A rebelião dentro da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, deixou nove detentos mortos, sendo dois deles decapitados. Todos os corpos foram queimados e alguns tiveram as vísceras arrncadas.  Seis presos continuam internados, um deles em uma Unidade de Terapia Intensiva (UIT) do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). O confronto, que envolveu integrantes de facções rivais, teve início na tarde de segunda-feira (1º).

A informação ficou confirmada pelo tenente-coronel da Polícia Militar, Newton Castilho, superintendente de Administração Penitenciária, em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (2), na Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).

Os corpos dos detentos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da capital onde serão identificados. Em relação à identificação, o IML informou que o trabalho já foi iniciado, mas que será diferente em cada caso em decorrência das mutilações e incineração. Os médicos deverão trabalhar com três formas de identificação, por DNA, arcada dentária ou impressões digitais das vítimas, quando for possível.

Durante o motim, detentos que estavam na ala C, invadiram as alas A, B e D e houve um confronto em seguida. Ainda de acordo com a superintendência, os presos incendiaram a unidade prisional e os corpos ficaram carbonizados. Na ala C, estão os presos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), com ramificações em diversos Estados do país.

As normas orientam um agente para cada cinco presos. De acordo com o tenente-coronel Castilho no momento da rebelião apenas cinco agentes trabalhavam na área do semiaberto onde estavam 768 detentos. “É muito pouco”, afirmou o policial.

A unidade do regime semiaberto tem capacidade para abrigar 500 detentos bloqueados - que ainda não saem para trabalhar por não possuirem vínculo empregatício com nenhuma empresa. No entanto, ontem (01) havia 768 no local. No total o semiaberto possui 1.254 presos, grande parte sai diariamente para trabalhar e retorna à noite para a unidade.