O Conselho de Estado de Cuba decretou neste sábado nove dias de luto pela morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, que aconteceu ontem à noite, em Havana.

"Durante a vigência do luto nacional, as atividades e espetáculos públicos cessarão, a bandeira nacional será hasteada a meio mastro nos edifícios públicos e estabelecimentos militares, e as emissoras de rádio e televisão transmitirão uma programação informativa, patriótica e histórica", disse o Conselho em comunicado.

Esta é a primeira informação oficial divulgada pelo governo depois que o presidente cubano, Raúl Castro, anunciou, pouco antes da meia-noite, a morte de seu irmão Fidel por meio de um pronunciamento na rede de televisão estatal.

Além disso, nas horas posteriores ao falecimento do líder cubano, foi constituída uma "Comissão Organizadora do Comitê Central do Partido, do Estado e do governo para as honras fúnebres do comandante em chefe Fidel Castro Ruz".

Esse órgão informou que a transferência das cinzas de Fidel Castro de Havana, onde ele vivia, para Santiago de Cuba, sua província natal, começará na quarta-feira e terminará até 3 de dezembro, pois seguirá um percurso "que lembra A Caravana da Liberdade", que aconteceu em janeiro de 1959.

Na chegada das cinzas a Santiago, haverá um "ato de massas" na Praça Antonio Maceo, e a cerimônia fúnebre acontecerá no dia seguinte, no cemitério de Santa Ifigenia, também em Santiago.

Antes, a população poderá prestar homenagem a Fidel Castro no Memorial José Martí, em Havana, a partir das 9h da próxima segunda-feira (hora local; 12h de Brasília) e até o meio-dia de terça-feira, quando haverá, no começo da noite, "um ato de massas" na Praça da Revolução de Havana.

Por causa do falecimento do líder cubano também foram adiados em um mês os atos e desfiles militares previstos para 2 de dezembro por ocasião do 60º aniversário do desembarque dos expedicionários do navio Granma em Cuba, uma das datas que marcam o início da Revolução no país caribenho.

Fidel Castro faleceu na noite de sexta-feira em Havana, aos 90 anos, uma década após delegar o poder a seu irmão Raúl por motivos de saúde.