A chuva é motivo de preocupação para as escolas de samba que desfilam nesta madrugada, dia 1º, no Sambódromo de São Paulo e para a Dragões da Real não é diferente. Prestes a entrar na avenida, diretores e pessoal de apoio dão os últimos retoques para minimizar as chances de as alegorias apresentarem problemas na hora do desfile, em razão da água que se acumula nas estruturas. Na pista, os passistas se concentram para evitar escorregões no chão molhado.

A musa da Dragões da Real, a ex-Big Brother Brasil Cacau disse que toma certos cuidados para evitar um tombo. Ela conta que precisa controlar melhor a pisada e aumentar a concentração na hora do desfile. Mas a animação, diz Cacau, não esfria por conta da água. "A chuva lava a alma, é energia positiva", afirma a musa, que entra na passarela vestida de mulher-gato ao lado do super-herói Batman.

O diretor de alegoria da escola, Igor Alves, mostrava um pouco mais de preocupação. De acordo com ele, a chuva aumenta a chance de falhas nos carros alegóricos, porque a grande parte do material com que são feitos é de espuma e isopor. "O carro dobra de peso, fica muito mais difícil de empurrar e de controlar a alegoria", diz.

Outra fonte de preocupação é com os equipamentos eletrônicos. Todos os carros da escola possuem luzes e efeitos especiais, e o risco dos equipamentos queimarem com a água, segundo ele, é grande. Alves deu como exemplo o carro com o tema Rock N' Roll. "Vamos acender as luzes só na hora de entrar na avenida, e seja o que Deus quiser", afirma.

O risco dos passistas das alegorias tomarem choque, no entanto, está descartado, segundo o diretor da Dragões da Real. Durante o aquecimento da escola, porém, a chuva forte diminuiu para uma garoa.