“O exército está na rua e os soldados com metralhadoras enormes. O transporte público, metrô e ônibus não estão funcionando e o trânsito está um caos. Estou preso no congestionamento, pode ser por isso o governo recomendou que todos voltem para casa mais cedo”, narra o goiano Eduardo Alcântara que mora em Bruxelas há 11 anos com a esposa e duas filhas.

De acordo com o goiano, o centro de Bruxelas está um caos e assim que os atentados ocorreram o governo emitiu alerta em nível 4 e os soldados em jipes de guerra foram para as ruas. “Ainda há pouco estava na rua que dá acesso ao maior aeroporto e está tudo fechado. Ninguém entra, sai ou passa”, contou Eduardo.

Eduardo contou que quando o francês Salah Abdeslam, 26, foi preso às escolas só liberaram as crianças por volta das 19h por prevenção. Abdeslam é um dos principais suspeitos dos atentados de Paris. Um dia depois de sua captura, ele foi transferido à prisão de segurança máxima de Bruges, onde também estão os dois indivíduos que o tiraram de Paris rumo a Bruxelas no dia seguinte dos atentados.

Confira no mapa onde ocorreram os atentados na Bélgica:

Já o irmão de Eduardo, Marcos Alcântara, que também mora em Bruxelas, contou que o clima é de tensão e medo apesar das explosões terem ocorrido há horas atrás. Ele que é pastor evangélico reafirmou que a segurança está reforçada. No entanto, a incerteza e a insegurança permanecem. “A orientação é usar o transporte público somente em caso de grande urgência. As escolas, prédios públicos e cinemas foram fechados”, contou Marcos.

Veja abaixo algumas gravações desse momento de terror no aeroporto da capital belga:

Ainda de acordo com Marcos, nos primeiros momentos após os ataques foi orientado a não usar os telefones e alguns usuários não estavam conseguindo devido ao grande volume de ligações.