Condenada na semana passada a 20 anos de prisão, Adriana Ferreira Almeida deve sair ainda nesta terça-feira (20) da cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. A decisão foi revogada pelo juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito. Adriana ficou conhecida como ‘Viúva da Mega-Sena’ após acusada da morte de Renné Senna, em 2007.

O pedido de revogação entregue pelo advogado de defesa da acusada, Jackson Rodrigues, argumenta que Adriana possui endereço fixo e que sua permanência fora da cadeia não interferiria a investigação criminal visto que foi encerrada.

O magistrado determinou prisão domiciliar e decidiu que Adriana terá que comparecer mensalmente ao juízo e está proibida de ter contato com a família da vítima e com testemunhas de acusação. Não pode ainda deixar a comarca de Cachoeira de Macacu, onde mora, e terá que usar tornozeleira eletrônica.

Relembre o caso

No ano de 2005, morando na cidade de Rio Bonito, o então lavrador, René Senna, ganhou uma quantia de R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Na época, o homem era diabético e precisou amputar as duas pernas por causa de complicações da doença.

No ano seguinte, Renné se mudou para uma fazenda avaliada em R$ 9 milhões, onde foi morar com uma namorada 25 anos mais nova que ele e os dois filhos do primeiro casamento.

Em janeiro de 2007, o milionário estava em um bar próximo à sua fazenda, sem seguranças, quando dois homens encapuzados chegaram em uma moto e o carona atirou em Renné, que morreu na hora.

A viúva, Adriana, foi acusada pela filha e pela irmã da vítima, Renata de Almeida e Jocimar da Rocha, de ser a mandante da execução.