O déficit da Previdência da União (INSS e servidores) atingiu R$ 268,798 bilhões em 2017. As contas do INSS registraram déficit de R$ 182,45 bilhões em 2017, divulgou nesta segunda-feira, 22, a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. Já o déficit da Previdência dos servidores da União foi de R$ 86,348 bilhões. O rombo do INSS cresceu 21,8%, uma alta de R$ 32,717 bilhões em relação ao verificado em 2016, quando o déficit ficou em R$ 149,7 bilhões.

Diante do crescimento do rombo na Previdência, o governo tem alertado os parlamentares para a necessidade de mudança nas regras para evitar o avanço desses gastos sobre as demais despesas do Orçamento. A votação da reforma da Previdência está marcada para 19 de fevereiro, mas o governo ainda não tem os 308 votos necessários para a proposta passar na Câmara dos Deputados.

Nas contas do INSS, a Previdência urbana ficou com um déficit R$ 71,709 bilhões. Já na Previdência rural, o rombo foi maior, de R$ 110,740 bilhões.

Em valores atualizados pelo INPC, o déficit do INSS chegou a R$ 183,923 bilhões no ano passado.

No mais recente relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento de 2017, publicado em dezembro, a previsão do governo era de um déficit de R$ 185,861 bilhões na Previdência no ano passado.

Militares

A previdência dos militares registrou um déficit de R$ 37,684 bilhões em 2017, informou o Ministério da Fazenda nesta segunda-feira. As despesas da previdência dos militares chegou a R$ 41,02 bilhões, enquanto as receitas somaram apenas R$ 3,342 bilhões.

Já a previdência dos servidores civis registrou um déficit de R$ 45,244 bilhões. As receitas foram de R$ 33,783 bilhões e as despesas atingiram R$ 79,027 bilhões.

2018

O déficit do INSS deve ficar em R$ 192,842 bilhões em 2018, disse o secretário de Previdência, Marcelo Caetano. Ele admitiu, porém, que a previsão pode mudar ao longo do ano.

Por enquanto, o governo trabalha com uma receita previdenciária da ordem de R$ 400 bilhões neste ano. As despesas, por sua vez, devem ficar em torno dos R$ 600 bilhões. O número não contempla as aposentadorias do regime próprio de servidores da União.