O afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff seguiu o ordenamento constitucional, considera o governo dos Estados Unidos, que espera manter a “forte relação bilateral” e avançar em temas de interesse mútuo. A posição de apoio à nova gestão, contrasta com as declarações de líderes de países da América do Sul, como Equador e Bolívia.

Rafael Correa, do Equador, afirmou que irá retirar o embaixador do país no Brasil. “Destituíram a Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição. Retiraremos nosso encarregado da embaixada”, escreveu Correa em sua conta no Twitter. Já o presidente boliviano, Evo Morales, disse que convocaria seu embaixador em Brasília com a aprovação do processo.

O governo da Argentina expressou que “respeita” o “processo institucional” do Brasil e manifestou o “desejo” de “continuar” a trabalhar com o governo do presidente efetivado, Michel Temer.

A imprensa internacional também repercutiu o afastamento de Dilma. O New York Times noticiou que a votação foi “também um veredito sobre sua liderança e a corroída fortuna do Brasil”. O Wall Street Journal também destacou que a decisão foi tomada “em meio a uma economia com problemas e um clima político fracionado”. Na Argentina, o Clarín abriu sua manchete online pela linha da derrocada petista. “Termina uma era no Brasil”.