Depois das críticas do setor empresarial pela dificuldade na liberação de financiamentos, o BNDES sinaliza uma virada nessa postura. Segundo o novo presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro, o lema agora é “fazer seis anos em seis meses”. Ele tem pregado internamente uma mudança de atitude, com adoção de medidas que, acredita, vão acelerar o processo de concessão de crédito.

As iniciativas têm focado nos desembolsos a micro, pequenas e médias empresas, mas, segundo Rabello, o BNDES não fechou as portas para as grandes companhias.

A nova postura vai ao encontro da percepção do setor empresarial de que é preciso reanimar a economia com a ajuda do banco de fomento. No mês passado, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paul Skaf, disse que o banco teria de fazer em seis meses o que faria em seis anos para viabilizar a retomada. Ele criticou a queda de 35% nos desembolsos da instituição e pediu também que a diretoria do banco desse uma “injeção de ânimo” no corpo técnico para que as liberações fossem retomadas.

Rabello de Castro disse que o Brasil está “neurótico” diante de tantas investigações e que é preciso destravar o crédito, mas sem perder de vista o rigor nos critérios de concessão.