A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 7,195 bilhões em junho. É o melhor resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1989, e o segundo melhor para todos os meses, ficando atrás apenas do registrado em maio, quando o resultado foi positivo em US$ 7,661 bilhões.

O resultado ficou dentro do previsto pela pesquisa do Projeções Broadcast - o intervalo das estimativas foi de US$ 5,9 bilhões a US$ 7,751 bilhões, com mediana de US$ 7 bilhões.

No mês passado, as exportações somaram US$ 19,788 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 12,593 bilhões. Na quinta semana de abril (de 26 a 30), a balança registrou superávit de US$ 1,863 bilhão.

Em junho, as exportações cresceram 23,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, e 4,7% na comparação com maio, ambos pelo critério da média diária. Já as importações aumentaram 3,3% na comparação anual e 8,8% sobre maio.

Semestre

No acumulado do primeiro semestre, a balança teve superávit de US$ 36,219 bilhões, o melhor resultado para o período da série histórica, crescimento de 53,1% sobre mesmo intervalo de 2016, quando o superávit alcançou US$ 23,651 bilhões.

Nos seis primeiros meses do ano, as exportações somaram US$ 107,714 bilhões, alta de 19,3% em relação ao mesmo período de 2016. Já as importações alcançaram US$ 71,495 bilhões, crescimento de 7,3%.

Previsão

Com o resultado, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) aumentou a previsão de superávit na balança deste ano de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões. Se confirmado, esse será o maior resultado da história. O recorde anterior foi registrado no ano passado, quando a balança teve superávit de US$ 47 bilhões. “A tendência é continuar o ano com superávits fortes e esperamos esse resultado recorde para o ano”, afirmou o diretor do Departamento de Estatística da pasta, Herlon Brandão.

Além da alta nos preços dos principais produtos da pauta exportadora, que vinha sendo registrada até maio, em junho houve ainda melhoria na quantidade exportada, que acumulou crescimento de 1,8% no primeiro semestre.