A nova diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet) tomou posse ontem e apresentou como meta principal pautar o setor produtivo, entidades de classe e poder público estadual, sobre a necessidade de implementar políticas públicas de agroindustrialização do Tocantins.

A senadora Kátia Abreu (sem partido) - que assumiu a presidência da entidade pela sétima vez - classificou de urgente a necessidade de se revisar a política tributária do Estado, aprovar leis para atrair o investidor, reforçar setores da cadeia produtiva já existentes e estimular a implementação de novas áreas do setor, a exemplo a ovinocaprinocultura.

“Não existe mágica para o desenvolvimento. É preciso muito trabalho, investir em tecnologias e incentivar o investidor com políticas públicas a trazerem seus negócios para o Estado”, disse Kátia.

Na opinião da presidente Kátia Abreu o Tocantins está perdendo espaço para os estados vizinhos, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, por falta de legislação específica. “Precisamos de uma lei aprovada na Assembleia Legislativa, para que o empresário se sinta seguro e confortável para trazer seus negócios para o Tocantins. O investidor precisa saber que as regras não serão mudadas no meio do jogo”, avaliou.

Kátia também fez duras críticas ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). “Não quero julgar, mas também não posso me calar. Não sei se é falta de gestão, corrupção ou falta de condições, mas o fato é que neste Estado é quase impossível emitir uma licença ambiental”, disparou a senadora, alegando que esta é uma das razões principais para o Tocantins não estar entre os principais produtores de peixe do País e estar perdendo espaço em setores que deveriam estar bem mais desenvolvidos. “A Embrapa Aquicultura e Pesca está aqui. Foi um esforço nosso a frente do Ministério da Agricultura. Lá se desenvolve tecnologia para todo o setor produtivo e nós não aproveitamos”, discursou.

A solenidade, prestigiada por empresários, representantes de Sindicatos Rurais do Estado e parlamentares, não contou com a presença de representantes do governo estadual, alvo de cobranças por parte da presidente, que finalizou seu pronunciamento afirmando: “O Tocantins precisa lutar pelo imposto mínimo e o emprego máximo”.