(Atualizada em 03/04/2017 às 18h18)

Em nota emitida para a imprensa, o deputado estadual Zé Roberto (PT) disse que foi surpreendido pela abordagem da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira. Conforme o deputado, a PF estava com um mandado de apreensão de equipamentos eletrônicos e intimação para prestar esclarecimentos sobre um inquérito, “que no momento não sabiam informar do que se tratava”, afirma.

A Operação Rota-26 deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal é um trabalho conjunto com a Corregedoria Geral da União (CGU) que investiga possível esquema de desvio de recursos públicos destinados a obras de estradas vicinais em assentamentos de municípios no Estado. O objetivo é desarticular suposta organização criminosa que estaria agindo no âmbito do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Regional Tocantins (Incra-TO). Zé Roberto era superintendente do Instituto na época em que ocorreram os fatos.

Em sua nota, o deputado argumenta que ele não foi conduzido coercitivamente até a sede da Polícia Federal em Palmas, alegando que foi e voltou dirigindo o próprio carro.

Zé Roberto compartilhou que “a maioria das perguntas foram referentes à prorrogação do prazo de convênio dessas obras”, mas ele se diz tranquilo uma vez que “todos os procedimentos adotados foram de acordo com a Lei”, e que, inclusive, “órgãos de controle diziam que em minha gestão, éramos muito mais rígidos que a própria Lei autorizava ser, exatamente para que as obras pudessem ser feitas e concluídas”.

“Se os convênios foram prorrogados, foi para que as prefeituras concluíssem o trabalho”, justifica ao final da nota, agradecendo a solidariedade e reafirmando “compromisso e luta com trabalhadores”.

Rocha Miranda

No final da tarde de hoje o deputado estadual Rocha Miranda (PMDB) se pronunciou sobre o caso através da sua assessoria. Em nota, o deputado informou que “não participou de nenhuma atividade irregular em sua gestão” e se dispôs a dar qualquer explicação referente à operação para a justiça.

Rocha Miranda foi prefeito no município de Araguatins, no extremo Norte do Tocantins, durante a execução das obras investigadas.