Antecipando-se à recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) o então presidente do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (Previpalmas), Maxcilane Machado Fleury, entregou na manhã de ontem carta com pedido de demissão ao prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), alegando que sua saída permite à gestão municipal maior liberdade para proceder as investigações necessárias, sobre possíveis irregularidades nas aplicações no Cais Mauá, com recursos do Instituto.

O anúncio da demissão de Fleury foi feito ontem por Amastha, em entrevista coletiva. Na ocasião, ele informou também que o Previpalmas já tem um novo presidente, Marcelo Alves, atual gestor à frente Agência Municipal de Tecnologia da Informação e um novo diretor de investimento, Kauwe Eidi Torres Ueda, economista e servidor efetivo do município.

O chefe do Executivo disse que quando começaram a surgir as denúncias de possíveis irregularidades nas aplicações e ele as refutou. Mesmo assim determinou internamente que a situação fosse apurada. De acordo com ele, não há perda de ativos no Instituto, uma vez que o fundo em que o recurso está aplicado - Caus Mauá - tem retorno garantido e a atual gestora do fundo, Reag Investimentos - tem lastro suficiente para garantir a aplicação. Quando a aplicação foi realizada, o fundo era operado pela Icla Tust Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários, que responde por investimentos que geraram prejuízos ao Instituto de Gestão Previdenciária dos Servidores do Estado do Tocantins (Igeprev).

Amastha disse ainda que já determinou a formação de uma comissão, composta inclusive por membros do Conselho do Previpalmas para acompanhar a investigação e que superada esta fase irá propor alteração do estatuto do instituto, para que esse tipo de investimento seja feito exclusivamente em Palmas.