O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 24, que deseja que a economia do país esteja novamente aberta até a Páscoa e voltou a defender a retomada das empresas fechadas por conta do coronavírus. Em entrevista à Fox News, o republicano argumentou que, embora mais pessoas morram anualmente por gripe e acidentes automobilísticos, a economia não para por conta disso. "A cura não pode ser pior que a doença", reafirmou, acrescentando que a paralisação pode "destruir o país".

Para Trump, os Estados Unidos "não foram construídos para ficarem paralisados". Ele disse que mais pessoas podem morrer se o país entrar em recessão, já que haverá mais suicídio, depressão e turbulências civis. "Teremos de voltar ao trabalho mais rápido do que as pessoas achavam", destacou, acrescentando que a paralisação pode "destruir o país".

Ele defende a tese de que a taxa de mortalidade do coronavírus no país, atualmente em torno de 1,3%, deve estar, na verdade, abaixo de 1%. Para ele, isso ocorre porque muitos pacientes não reportam aos hospitais quando ficam curados da doença.

Trump também falou sobre a situação do surto em Nova York, epicentro da pandemia nos EUA. Na avaliação dele, a gestão do governador democrata Andrew Cuomo tem culpa porque, em 2015, se recusou a comprar novos aparelhos de respiração para os hospitais. "Ele teve a chance de comprar 15 mil aparelhos por um preço muito baixo, mas rejeitou", criticou.

O cirurgião geral dos EUA, Jerome Adams, que também participou da entrevista, informou que, de todas as pessoas que realizaram testes para coronavírus, 10% foram diagnosticadas com a doença.

Do total de infectados, 99% se recuperam, ainda de acordo com ele.

Adams garantiu que o governo está trabalhando para que profissionais de saúde tenham acesso a materiais médicos para o tratamento.

Já a coordenadora da resposta ao coronavírus da Casa Branca, Deborah Birx, pediu aos americanos que apenas façam teste para a covid-19 se apresentarem sintomas. "Nem todo mundo precisa ser testado", disse.