O pré-candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump lamentou nesta terça-feira que o processo de primárias do Partido Republicano esteja "arranjado" contra ele, após os casos de Louisiana e Colorado, nos quais o magnata saiu prejudicado em relação ao número de delegados obtidos.

Em um encontro com eleitores do estado de Nova York (o próximo que comparecerá às urnas no processo de primárias), que foi televisionado pela emissora "CNN" e no qual participou ao lado de sua família, Trump disse conhecer as regras que orientam as primárias, mas acrescentou que está convencido de que estas estão arranjadas contra ele pelo 'establishment' do partido.

"Mudaram as regras há alguns meses porque viram que eu estava indo bem (nas pesquisas) e isso não os agradava", disse Trump, que atualmente lidera a corrida para ser o candidato republicano, mas que terá dificuldades para alcançar os 1.237 delegados necessários para ser indicado automaticamente.

Cada estado dos EUA tem suas próprias regras na hora de organizar eleições primárias ou caucus (assembleias populares) e de repartir os delegados que devem escolher um ou outro candidato na Convenção Nacional do partido em julho, e o rival de Trump, o senador pelo Texas Ted Cruz, se mostrou especialmente hábil na hora de se beneficiar delas.

No caso da Louisiana, o estado sulista realizou primárias nas quais os eleitores escolheram Trump por uma pequena margem, mas, no entanto, Cruz ficou com a maioria dos delegados em jogo.

O Colorado, por sua vez, não realizou eleições primárias, mas no último fim de semana celebrou uma convenção estadual do partido na qual foram escolhidos os delegados para a Convenção Nacional do Partido Republicano, e todos eles (34) ficaram com Cruz.

Trump assegurou que o Partido Republicano está "100% controlado" pelo Comitê Nacional Republicano (o órgão de direção) e que este atua contra ele, porque não quer que o magnata seja o candidato.

A "CNN" está televisionando nestes dias encontros com os candidatos e seus familiares, por isso Trump compareceu hoje aos estúdios da emissora com sua esposa, Melania, e quatro de seus filhos: Donald Jr., Eric, Ivanka e Tiffany, que contaram os aspectos mais pessoais e destacaram a intimidade do magnata.