O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que tem observado o crescimento dos casos de coronavírus no Brasil e considera impor restrição de voos vindos do País. O americano tem evitado comentar a posição do presidente Jair Bolsonaro, que tem minimizado a gravidade da disseminação do coronavírus, apesar de já ter sido questionado duas vezes sobre o tema na última semana.

Nesta terça-feira, Trump falou que o Brasil "não tinha problema até pouco tempo", mas que situação agora está mudando. "Estamos absolutamente olhando a uma restrição", disse Trump, sobre a limitação da entrada de voos brasileiros. 

Até agora, os EUA não restringiram a chegada de brasileiros, mas recomendaram que viagens não essenciais ao País sejam evitadas e os que voltarem do Brasil para os EUA fiquem em casa por 14 dias. 

Trump foi questionado se está preocupado com a situação de outros países, como o Brasil, e se isso pode representar um problema de saúde para outros lugares. "Somos muito cuidadosos. Estamos olhando a certos países conforme (número de ) casos se tornam altos", disse o americano.

Há cerca de dez dias, o governo americano já vem observando a situação do Brasil. Um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Interna dos EUA disse no último dia 22 que a força-tarefa contra a pandemia reavalia diariamente a necessidade de novas restrições e, ao falar sobre a América Latina, mencionou especificamente o Brasil como o país que mais preocupa.

Os EUA são atualmente o novo epicentro mundial da disseminação do vírus, mas têm reavaliado diariamente as restrições de voos de outros lugares do mundo para que a chegada de estrangeiros não piore a situação interna. 

No fim de janeiro, os americanos restringiram os voos da China. Depois, impuseram limitações a voos de Irã, União Europeia, Reino Unido e Irlanda. As medidas restringem a entrada de estrangeiros. Apenas americanos ou moradores com status de residentes permanentes são admitidos no país.

Até agora, os EUA não restringiram a chegada de brasileiros, mas recomendaram que viagens não essenciais ao País sejam evitadas e os que voltarem do Brasil para os EUA fiquem em casa por 14 dias.