A tragédia da Boate Kiss, que aconteceu na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e interrompeu a vida de 242 pessoas, completa 5 anos neste sábado, 27. O incêndio foi provocado por um integrante da banda Gurizada Fandangueiro, após acender um sinalizador que emitia fagulhas. Elas atingiram o teto feito de espuma, o que fez o local pegar fogo rapidamente, deixando 636 pessoas feridas.

Neste o sábado, 27, aconteceu um concurso público de projetos para a construção do "Memorial às Vítimas da Kiss",  no Salão Azul do Conjunto 1 da Unifra; além de homenagens e cultos.

De acordo com o inquérito policial, 28 pessoas foram apontadas como responsáveis, entre elas os dois donos da boate, um músico e o produtor da banda. Além disso, quatro bombeiros foram denunciados. Um foi absolvido, dois condenados pela Justiça Militar por expedição de alvará e outro pela Justiça comum por fraude processual. Todos cumprem penas em liberdade.

A programação em memória da tragédia é grande e teve início na última quinta-feira, 25, com o lançamento do livro "Todo Dia A Mesma Noite" que ocorreu no Teatro 13 de Maio, em Santa Maria. Nessa sexta-feira, 26, houve a exibição do documentário "Depois Daquele Dia" na Praça Saldanho Marinho, às 20h30, seguida por uma caminhada até o local onde a boate funcionava, além de vigílias e orações.

Recentemente, a demolição do prédio onde a casa noturna funcionava foi adiada pela prefeitura, após pedidos da Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria. O vice-presidente da associação, Flávio da Silva informou que a intenção "é manter o prédio até que o julgamento dos réus seja realizado". Além disso, ele serve como prova do incêndio. (ANSA)