O príncipe William pediu nesta quinta-feira (22) em Londres que sejam adotadas medidas a fim de evitar o desaparecimento de espécies "icônicas" em perigo de extinção e qualificou de "inaceitável" a compra e venda de marfim e chifre de rinoceronte.

O filho mais velho do príncipe Charles e de Diana participou de um evento denominado Time For Change (tempo de mudanças), promovido pela organização beneficente para a conservação de vida selvagem TUSK.

Durante seu discurso a favor de conter o comércio ilegal de animais selvagens, o duque de Cambridge afirmou que não está "disposto a permitir que desapareçam espécies icônicas" do planeta e afirmou que o marfim constitui um "símbolo de destruição e não de luxo".

"Não importa em qual lugar do mundo nos encontremos, todos devemos desempenhar um papel para proteger estes espécies", observou o príncipe.

William lembrou que quando ele nasceu, há 34 anos, havia na África um milhão de elefantes, "uma das espécies mais preciosas do planeta" frente aos 350 mil de 2015, o ano em que nasceu sua filha pequena, Charlotte.

Se a caça ilegal desses animais continuar no ritmo atual, encorajada pela alta demanda de marfim, alertou, "quando Charlotte completar 25 anos, esta espécie terá desaparecido".

"Agora é o momento de enviar uma mensagem sem ambiguidades ao mundo: que já não é aceitável comprar ou vender marfim, chifre de rinoceronte e outros produtos procedentes da vida selvagem", asseverou.

O duque acrescentou que "não se pode permitir que a cobiça materialista ganhe sobre a obrigação moral de proteger as espécies em perigo e as comunidades vulneráveis".

"Não estou disposto a pertencer a uma geração que permite que estes espécies icônicas desapareçam; não estou preparado para explicar a nossos filhos por que perdemos esta batalha quando tivemos a chance de ganhá-la", afirmou.

Perante este cenário, o duque de Cambridge sustentou que ainda há "esperança" para reverter as coisas e que ainda se pode "fazer algo" para reverter a situação.

O ato aconteceu a dois dias da realização de uma conferência global em Johanesburgo (África do Sul), a Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies em Perigo, onde os países presentes votarão se fecham em nível nacional os mercados de marfim para salvaguardar o futuro do elefante.