O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) confirmou que a tripulação que transportava o presidenciável Eduardo Campos não havia realizado treinamento para operar o modelo Cessna 560 XLS e ignorou a rota determinada pelos manuais para aproximação da Base Aérea de Santos. As informações haviam sido antecipadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. O avião caiu no dia 13 de agosto, em Santos, matando sete pessoas: além do candidato, assessores e tripulação

“O piloto fez de forma diferente do que está previsto na carta, tanto na descida quanto na arremetida”, afirmou o tenente-coronel Raul de Souza, investigador do caso. De acordo com ele, o desrespeito às recomendações de aproximação não é comum. As orientações são dadas justamente para garantir maior segurança de voo. As informações prestadas pelo piloto pelo rádio não condiziam com a imagem apresentada pelo radar, analisada pelo Cenipa.

O avião de Campos havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá.

A previsão era a de que, depois de realizado um compromisso de campanha, o candidato fosse para Congonhas. O acidente ocorreu às 10h03, 40 minutos depois da decolagem. De acordo com Souza, as condições meteorológicas pioraram entre a decolagem e a chegada em Santos, mas nada que comprometesse a segurança da operação.

Investigações preliminares indicam não haver indícios de falha técnica no avião.