Um norte-americano de 61 anos ganhou atenção da imprensa internacional, e das redes sociais, ao anunciar uma maneira inusitada de tentar provar sua teoria de que a superfície da Terra é plana: ele investiu US$ 20 mil (cerca de R$ 60 mil) na construção de um foguete feito de sucata para chegar a uma altitude suficiente para comprovar “de vez por todas” o formato do planeta.

 A premissa científica de que a Terra é esférica é conhecida desde o fim da Idade Média e, teoricamente, parecia inquestionável após a chegada do homem ao espaço e até com as imagens divulgadas pela Nasa – agência americana de pesquisa e desenvolvimento e tecnologias e programas de exploração espacial.  No entanto, a teoria medieval de que a Terra é plana tem recebido adeptos nos Estados Unidos e também no Brasil.

O motorista de limosine “Mad” Mike Hughes afirma não acreditar em pesquisas científicas e, por isto, quer provar sua teoria. “Eu vou fechar a porta para essa Terra redonda. Eu não acredito na ciência. Eu sei sobre aerodinâmica e dinâmica dos fluidos, e sobre como as coisas se movem pelo ar, sobre certos tamanhos de bicos de foguetes e impulso. Mas isso não é ciência, são apenas fórmulas. Não existe diferença entre ciência e ficção científica”, afirmou em entrevista à Associated Press.

Com o foguete feito de sucata e plataforma de lançamento improvisada em um trailer usado, Mike pretende chegar a 800 km/h e atingir altitude de um milha ou 1,6 quilômetros, a partir daí saltará de um paraquedas.

Apesar dos esforços de Mike, a comprovação da teoria é impossível, já que ele sequer sairá da Troposfera, primeira camada da atmosfera ou mesmo atingir altitude de um avião comercial, que pode chegar a até 13 quilômetros. Ainda assim, o lançamento está marcado para este sábado (25).

Esta é a segunda vez que Mike se lança em uma “aventura” similar. Em 2014, ele alcançou 418 metros e passou três dias se recuperando dos efeitos. Caso sobreviva à nova “viagem ao espaço”, ele planeja se candidatar ao governo da Califórnia e lançar um serviço de turismo espacial em um foguete carregado por balões.