Segundo o site Extra, Nabor Coutinho de Oliveira Junior, de 43 anos, que teria esfaqueado a esposa e se jogado do 18º andar com seus filhos, de 10 e 7 anos, lutava na Justiça contra uma dívida de R$ 20 mil com uma empreiteira. 

O problema da família com a construtora começou em 2012, quando a empresa entregou as chaves do apartamento, mas se negou a passar os imóveis para o nome dos condôminos.

De acordo com a advogada responsável pela ação, Bruna Kamaroz Benisti, 32 anos, Nabor havia comprado um apartamento no condomínio Villa Mare, na Barra da Tijuca, mas a construtora cobrou cerca de R$ 20 mil de cada condômino por despesas extras, valor contestado pelos moradores. Por causa do processo, ele não poderia vender o apartamento, mas estava liberado para morar ou alugar.

Apesar de uma suposta carta escrita por Nabor apontar que a causa dos homicídios seria problemas financeiros pelo qual ele passava, a advogada afirma que não acredita que haja relação entre a dívida e a tragédia. As causas, no entanto, ainda estão sendo investigadas.

O crime

Nabor foi encontrado morto no Condomínio Pedra de Itaúna, na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, junto com seus filhos, Henrique, de 10 anos, e Arthur, de 6, no pátio do prédio. Ele teria os matado com golpes de marreta e se jogado com o corpo das crianças do 18º andar. 

Sua mulher identificada como Laís Khouri, de 48 anos, foi encontrada morta na cama do casal. Ela foi esfaqueada enquanto dormia. 

Uma carta foi encontrada no local do crime.  "Me preocupa muito deixar minha família na mão. Sempre coloquei eles à frente de tudo ante essa decisão arriscada para ganhar mais. Mas está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família", teria escrito Nabor em um trecho. A perícia analisa se o documento possui realmente a letra dele.